quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Contra a Indiferença

Pelo interesse e pela actualidade passamos a incluir na nossa lista de blogs a não perder o blogue do dr. Fernando Nobre da AMI (http://fernandonobre.blogs.sapo.pt)

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

E muito bem, claro!

Mas para que o combate contra a indiferença se estenda também ao nosso passado recente proponho-vos que participem com as vossas opiniões (pessoais ou colectivas, mas de preferência as pessoais) nos vários temas em debate no blogue "Caminhos da Memória".

Por exemplo: as novas utilizações previstas para edifícios que marcaram negativamente o nosso passado anterior ao 25 de Abril (por exemplo, o Forte de Peniche, a Cadeia do Aljube, o Forte de Caxias, a Sede da Pide na R. António Maria Cardoso, o Tribunal da Boa Hora, etc.); as passagens pela PIDE e pelas prisões; a guerra colonial; a guerra civil espanhola; o holocausto; os grupos políticos e a acção política antes e após o 25 de Abril, etc., etc..

Como diz hoje uma comentadora era importante que os debates se alargassem a mais pessoas e não se limitassem às intervenções de quase sempre as mesmas.

E da discussão se faz a luz e também os consensos.

23/2/09 15:32  
Anonymous Anónimo said...

Soube quase em cima da hora e não tenho outro meio de divulgar, a não ser por "mail" para alguns, do Debate que acho que interessará a muitos "atriumnistas":

«25 DE FEVEREIRO | QUARTA-FEIRA | 22H

ENTRE PORTUGAL E ESPANHA: A LUTA EM PROL DA MEMÓRIA HISTÓRICA
(convite)

Debate

Entre Portugal e Espanha: a luta em prol da memória histórica

Com a participação das historiadoras

Irene Pimentel

Joana Lopes

O debate terá lugar na Associação O Bacalhoeiro (R. dos Bacalhoeiros, 125, junto à Casa dos Bicos, em Lisboa), no dia 25 de Fevereiro, quarta-feira, às 22h.

Em torno do artigo «A luta em prol da memória republicana espanhola», de Jean Ortiz, publicado no número de Fevereiro do Le Monde diplomatique - edição portuguesa.

A entrada é livre. Participe!»

25/2/09 10:39  
Anonymous Anónimo said...

Permitam-me que transcreva aqui o apelo num "e-mail" recentemente enviado:

Sem a sua autorização, mas com a devida vénia, transcrevo o comentário de Jorge Martins aos comentários ao seu próprio texto «Uma biografia conveniente» no blogue "Caminhos da Memória" (http://caminhosdamemoria.wordpress.com):

"Essa é que é a verdade, (...): tal como noutros temas “incómodos” (a Inquisição, p.ex.), o 25 de Abril, que já não é (felizmente!) assunto tabu, passa muito discretamente nos manuais escolares de todos os níveis de escolaridade. Aliás, a História de Portugal foi banida das prioridades curriculares. No 1º Ciclo é praticamente inexistente. Nem se fala na PIDE, para não chocar as cabeças das pobres criancinhas, que têm de se contentar com as estropiações televisivas, se quiserem mais “drama”. No 2º Ciclo passou a ser História e Geografia (para a dose não ser exagerada) e o 25 de Abril é matéria incompreensível para uma mal explicada ditadura que veio derrubar. A partir do 3º Ciclo deixa de haver História de Portugal, para ser “universal”, escondendo aquilo que nos interessaria mais. No Secundário aprofunda-se a pretensa História “universal”, reservando-se, aqui e ali, pequenos espaços para a nossa história. Recordo que há alguns anos dava-se História de Portugal no Secundário, mas deve ter-se concluído que a dose era excessiva, logo no nível etário em que os alunos mais estão motivados e dotados de capacidades cognitivas…
Enfim, não admira que apanhemos os alunos no ensino universitário completamente ignorantes da sua própria História.
Simplesmente lamentável!"

No mesmo "post" outro comentarista (João Tunes) havia referido:

"(...) uma professora conta que alguns alunos entendem que ela exagera nos defeitos de Salazar tendo como contraponto a imagem benévola e “humanizada” dada pela mini-série da SIC. O que demonstra que passou a “recuperação da imagem de Salazar” que a mini-série almejou, mesmo com o irrealismo exagerado sobre a performance amorosa do ditador que foi projectada".

A que Jorge Martins acrescentara:

"Foi justamente a propósito da mini-série televisiva sobre Salazar que me apeteceu “ir na onda” e gozar com a situação. Que melhor do que recriar um ditador “bonzinho”, que gostava de animais e de criancinhas?… (...), só faltava mesmo ironizar em torno de uma imagem “maquilhada” (como na série) do principal responsável pelos crimes da ditadura. O homem era patriota, pois então! O homem até tinha as mulheres que queria, coisa inusitada!
Já agora, (...), também eu sou professor de História e não me admiro nada com os alunos da professora que referiu. Basta reparar que os programas de História do 12º Ano reservam 13 linhas à PIDE e dezenas à obra do Estado Novo, a pretexto, designadamente, das “obras públicas”. Assim, não admira que os nossos estudantes concluam que o homem até deixou obra feita e “essa coisa da PIDE” era apenas uma chatice. É preciso abordar o problema a montante, ajustando os programas de História a objectivos cívicos e de preservação (preventiva?) da memória da ditadura, para que nunca mais!"


Parece-me demasiado grave que os novos portugueses comecem a ignorar «oficialmente» o seu passado e que os portugueses mais antigos o vão esquecendo, com a ajuda das políticas nacionais psra o ensino, sempre com a "boa" colaboração dos meios de comunicação social de massas.

Acho que não chega acharmos imensa piada aos skeches que de vez em quando a TV mostra, sobretudo por alturas do 25 de Abril e do 5 de Outubro, com entrevistas de rua elucidando a nossa restritíssima cultura.

Acho que também é muito pouco ficarmo-nos pela exclamação final de Jorge Martins no seu comentário citado: "Simplesmente lamentável!". Terão de ser desencadeadas acções conducentes a contrariar este rumo actual da nossa cultura nacional. Como diria o outro: Que fazer? Confesso que não sei. Mas estou pronto a colaborar com tudo o que positivamente reestruture a nossa memória, que complete a nossa memória como povo.

27/2/09 13:43  

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