quinta-feira, março 21, 2013

Uma tertúlia sobre D. Pedro IV e a sociedade portuguesa no início do séc. XIX

Foi no passado dia 3 de Março, sob a orientação da Maria Viegas, que o Atrium mergulhou num passado recente da nossa história, através da figura controversa de D. Pedro IV, para uns hesitante e mal preparado, para outros, determinado nas decisões políticas mais relevantes que tomou. 
D. Pedro IV nasceu no Palácio de Queluz a 12 de Outubro de 1798, recebendo o nome de Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Serafim de Bragança e Bourbon, tendo falecido no mesmo palácio, a 24 de Setembro de 1834, foi sepultado no Panteão de S. Vicente de Fora, sendo transladado para o Brasil em 1972.
Em 7 de Setembro de 1822, proclama formalmente a independência brasileira, junto ao lpiranga (estado de São Paulo), sendo, mais tarde, proclamado imperador do Brasil.
Tendo abdicado duas coroas, o ex-imperador do Brasil e ex-rei de Portugal, reduzido ao título de duque de Bragança, abandona o Brasil e dirige-se para a Europa com a filha D. Maria II, rainha de nome, por cujo trono se batiam os liberais portugueses espalhados pela Europa, ou reunidos na ilha Terceira. Decide empenhar-se pessoalmente na solução do pleito e a 3 de Março de 1832 assume a regência e nomeia um ministério do qual faz parte Mouzinho da Silveira. Data de então a fase decisiva da luta entre liberais e absolutistas, caracterizada, fundamentalmente, pela revolucionária legislação de Mouzinho e pelo entusiasmo e abnegação de D. Pedro IV, na preparação da expedição militar que, dos Açores, chegará às costas portuguesas (no Norte, próximo de Mindelo), para sentar no trono a jovem soberana e impor a Carta. E nos longos meses do cerco do Porto que o regente, não obstante os defeitos de carácter e de educação, dá a plena medida da pertinácia e dedicação pela causa que encabeçava. A convenção de Évora Monte põe fim a esta cruel guerra civil, e exila o rei absoluto e seu irmão D. Miguel.
Foi um serão vivo e participado que possibilitou um conhecimento mais profundo deste tempo histórico que condicionou o desenvolvimento político e social de Portugal, com reflexos que, de algum modo, se estenderam até aos nossos dias.