Diários de Quarentena 14 - A família Duarte, a Hirondina e o Zé Maria, numa quarentena sob protecção divina

Caros amigos,

A família Duarte encontra-se bem de saúde e espera que os amigos atriunistas também.

Aqui pela Estrela, com a proteção da santa madre igreja "Basílica da Estrela", estamos a conseguir sobreviver ao confinamento reinventando espaços e maneiras de conviver, construindo rotinas diárias sem atropelos.

Cada um organizou-se segundo uma perspetiva de: Temos de fazer coisas que já há muito tempo estão para serem feitas como, arrumar papéis, rever a vida em documentos guardados durante décadas, procurar estar informado sobre o Covid e seus efeitos, pôr leituras em dia, cozinhar e, para não parecer mal, fazer um pouco de exercício. Mas também fazer alguma bricolagem.

Estas circunstâncias da vida levaram-nos a olhar para outros tempos, tempos passados quando ainda jovens e, nesta andança, lembrámo-nos de sabores dessa época por exemplo: folares da Páscoa com o ovo, bolachas que as nossas mães faziam no dia de cozer o pão e fomos fazê-las...

Claro que o mais complexo é o afastamento da família e em particular das netas, que tentamos resolver recorrendo às novas tecnologias, como diria o outro, é a vida.

Por outro lado, o confinamento também leva a um modo diferente de convívio com os amigos, distante mas próximo. No passado domingo "estivemos" num almoço com mais 14 convivas pela internet.

Espero que nos encontremos brevemente para conviver e contar as estórias da quarentena.

Até lá, abraços e haja saúde.