O Atrium no Museu da Marinha Redescobrindo os Vikings
No sábado, dia 27 de Janeiro, o Atrium foi até ao Museu da Marinha para uma
visita guiada à exposição “Vikings – Guerreiros do Mar”.
Esta exposição, composta por mais de 600 peças originais provenientes do
Museu Nacional da Dinamarca, apresenta os vários aspetos relacionados com a
história e a cultura deste fascinante povo.
Como complemento da visita, reproduzimos algumas
breves notas sobre a importância dos Vikings na história da Europa e dos países
escandinavos, em particular da Noruega, notas essas extraídas do livro “Uma Viagem pelo Caminho do Norte Descobrindo
Fiordes, Trolls e Vikings”, editado pelo Atrium, aquando da nossa viagem à
Noruega.
“…O
período, hoje conhecido como a Idade Viking, durou cerca de 300 anos, desde o
séc. IX até ao séc. XI, e caracterizou-se pela expansão deste povo, a partir
dos seus territórios pátrios (Noruega, Suécia e Dinamarca), para Oeste até ao
continente Americano e para Sul até ao Mediterrâneo, Europa e Norte de África.
A dimensão
do seu poder, alicerçado na supremacia marítima, com navios tecnologicamente
avançados e com experimentados marinheiros, pode ser avaliado pelos assentamentos
encontrados desde a Terra Nova até à Rússia e Ucrânia, e desde o Cabo Norte até
à Normandia, no Império Franco. Eles navegaram as águas do Labrador até ao Mar
Branco e assolaram as costas atlânticas da Europa, até ao estreito de
Gibraltar, chegando mesmo a penetrar no Mediterrâneo. Os maiores rios europeus,
como o Dnieper e o Volga, permitiram que navegassem para o interior do
continente europeu, e conduziram-nos até ao Mar Negro e ao Mar Cáspio, onde
contactaram com os mundos Bizantino e Islâmico. Conquistaram a maior parte da
Irlanda, onde fundam Dublin, e estabelecem-se na Inglaterra. Na actual França
pilham Nantes, Bordéus e Paris, na península italiana Pisa e Lucca são
conquistadas, na península ibérica saqueiam Lisboa e Cádis e instalam-se em
Sevilha durante algum tempo. Hoje já é sabido que
Colombo não foi o primeiro homem europeu a chegar ao Novo Mundo, mas
sim Leif Eirikson, um navegador viking, 500 anos antes.
Embora a
ideia mais vulgarizada dos Vikings ainda seja a de terríveis guerreiros (sem os
incómodos cornos nos capacetes, que isso não passa de uma invenção dos
cineastas de Hollywood…), que deixavam um rasto de terror e destruição por onde
passavam, essa não é
exactamente a visão que hoje começa a afirmar-se. Eles eram
também experimentados marinheiros, joalheiros, comerciantes, escultores e
poetas de grande qualidade e originalidade: As fortalezas, as cidades, os
monumentos funerários, as esculturas em pedra, as sagas, a sua arte e os
artefactos que deixaram, documentam a riqueza da sua cultura. Por
curiosidade, e para ilustrar a sua influência cultural nos territórios que
estiveram sob o seu domínio, refira-se que os nomes dos deuses Vikings
perduraram até hoje nos nomes dos dias da semana em inglês: Wednesday (Odin’s
day), Thursday (Thor´s day), Friday (Freya´s day) e Tuesday (Tyr´s day) ”.
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