Esperanças e dificuldades das revoltas árabes – Uma conversa com José Goulão
As sucessivas rebeliões que explodiram em variados países do mundo árabe, desde janeiro de 2011, assumiram uma importância grande no futuro político desta região.
Tudo começou com a chamada “revolução de veludo” na Tunísia, onde o Presidente Ben Ali, que durante 23 anos dirigiu o país com mão de ferro, foi derrubado na sequência de uma imparável onda de protestos.
As manifestações começaram após o suicídio de Mohamed Bouazizi, de 26 anos, vendedor ambulante de frutas e verduras, na cidade de Sidi Bouzid. Sem conseguir uma licença para trabalhar na rua, Mohamed viu a sua mercadoria confiscada. Desesperado, o rapaz ateou fogo ao próprio corpo.
A seguir foi o Egipto a conhecer uma série de manifestações de rua, protestos e actos de desobediência civil, que se prolongaram desde 25 de Janeiro até 11 de Fevereiro. Os motivos próximos foram a violência policial, as leis de excepção, que duram há longos anos, o elevado desemprego, a falta de liberdade de expressão e a corrupção do regime de Hosni Mubarak, no poder há quase 30 anos.
A Praça Tahrir foi o ponto central da revolta contra o presidente egípcio, que acabou por renunciar em 11 de Fevereiro.
E a onda de protestos contra os poderes estabelecidos, vem-se espalhando pelo Norte de África e pelo Médio Oriente: Argélia, Bahrein, Djibuti, Jordânia, Síria, Omã, Iémen, Marrocos e Sudão. Mais recentemente, mas com outros contornos devido à particular realidade das suas populações e à intervenção externa realizada sob a batuta da NATO, iniciou-se uma guerra civil na Líbia, cujo desfecho é imprevisível de momento.
Foi para falar sobre estas realidades que esteve mais uma vez entre nós o José Goulão, ele próprio regressado há pouco tempo do Egipto, onde integrou uma missão do Parlamento Europeu.
Qual vai ser o alcance das mudanças que as populações exigem? Quais as limitações e os perigos que espreitam sobre elas? Qual o papel das grandes potências, nomeadamente dos EUA, no desenrolar dos acontecimentos? O que vai restar da generosidade de milhares de jovens que arriscaram as suas vidas por um pouco mais de liberdade?
Sobre todas estas questões trocaram-se pontos de vista, numa sessão interessante que se realizou no passado dia 27 de Abril.
Tudo começou com a chamada “revolução de veludo” na Tunísia, onde o Presidente Ben Ali, que durante 23 anos dirigiu o país com mão de ferro, foi derrubado na sequência de uma imparável onda de protestos.
As manifestações começaram após o suicídio de Mohamed Bouazizi, de 26 anos, vendedor ambulante de frutas e verduras, na cidade de Sidi Bouzid. Sem conseguir uma licença para trabalhar na rua, Mohamed viu a sua mercadoria confiscada. Desesperado, o rapaz ateou fogo ao próprio corpo.
A seguir foi o Egipto a conhecer uma série de manifestações de rua, protestos e actos de desobediência civil, que se prolongaram desde 25 de Janeiro até 11 de Fevereiro. Os motivos próximos foram a violência policial, as leis de excepção, que duram há longos anos, o elevado desemprego, a falta de liberdade de expressão e a corrupção do regime de Hosni Mubarak, no poder há quase 30 anos.
A Praça Tahrir foi o ponto central da revolta contra o presidente egípcio, que acabou por renunciar em 11 de Fevereiro.
E a onda de protestos contra os poderes estabelecidos, vem-se espalhando pelo Norte de África e pelo Médio Oriente: Argélia, Bahrein, Djibuti, Jordânia, Síria, Omã, Iémen, Marrocos e Sudão. Mais recentemente, mas com outros contornos devido à particular realidade das suas populações e à intervenção externa realizada sob a batuta da NATO, iniciou-se uma guerra civil na Líbia, cujo desfecho é imprevisível de momento.
Foi para falar sobre estas realidades que esteve mais uma vez entre nós o José Goulão, ele próprio regressado há pouco tempo do Egipto, onde integrou uma missão do Parlamento Europeu.
Qual vai ser o alcance das mudanças que as populações exigem? Quais as limitações e os perigos que espreitam sobre elas? Qual o papel das grandes potências, nomeadamente dos EUA, no desenrolar dos acontecimentos? O que vai restar da generosidade de milhares de jovens que arriscaram as suas vidas por um pouco mais de liberdade?
Sobre todas estas questões trocaram-se pontos de vista, numa sessão interessante que se realizou no passado dia 27 de Abril.
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