O Atrium por terras de Caminha, no extremo Norte de Portugal
Foi no extremo Norte do território, onde Portugal
acaba e começa a vizinha Galiza (ou é onde Portugal começa e acaba a terra de
nuestros Hermanos? Fica ao critério de cada um…), que nos passados dias 27, 28
e 29 de Junho, o Atrium viveu um fim-de-semana intenso e proveitoso,
contactando com a realidade cultural, patrimonial, paisagística, gastronómica e
humana das terras de Caminha. Para tal, a amizade e o apoio inexcedível dos
nossos anfitriões, a Nair e o João Azevedo, foram fundamentais.
A visita iniciou-se no sábado de manhã, com uma caminhada
pelos pontos de maior interesse da Caminha medieval: o Castelo e a sua torre de
menagem, actual Torre do Relógio; a Rua Direita e as casas manuelinas; a Igreja
Matriz; a Casa Pita; a Igreja da Misericórdia; o Terreiro; o Chafariz
renascentista da Praça Municipal.
As pernas já pesavam, quando rumámos ao
restaurante Remo, com magnífica vista para os rios Coura e Minho, para o
apetecido almoço.
Da parte da tarde esperava-nos uma revigorante
caminhada pela Serra d’Arga, “no céu entre os penedos”. Foram mais de duas
horas pelas fragas, respirando o ar puro e agreste, espraiando o olhar pela
paisagem, usufruindo do
silêncio e dos cheiros da natureza. Ao longe, algumas manadas de cavalos
garranos em liberdade, emprestavam à paisagem um encanto particular.
Pelo caminho tivemos a
oportunidade de visitar a Capela e o Santuário de São João de Arga, um
santuário de montanha, de arquitectura religiosa românica, barroca e popular.
O objectivo seguinte foi
Vilar de Mouros. Aqui relembrámos o já histórico Festival de 1971 que juntou
mais de 30 mil pessoas. À memória vieram os nomes de Manfred Mann, Elton John,
Quarteto 1111, Pop Five Music Incorporated e também o espírito de liberdade de
paz e de irreverência, tão difícil num país que ainda vivia amordaçado numa
longa noite que haveria de terminar três anos depois.
O final do dia foi de
descanso e descontracção, pelas esplanadas do Terreiro de Caminha. De noite tivemos ainda a oportunidade de assistir a um espectáculo de danças renascentistas, da época de D. Catarina de Bragança, a cargo do grupo Baile do Duque.
No domingo, a jornada
iniciou-se na foz do Rio Minho, com vista para o Forte da Ínsua, localizado no
ilhéu do mesmo nome. Aqui recordaram-se alguns episódios da invasão de Soult,
em 1809 e da defesa do Minho.
Rumámos depois até à Anta da
Barrosa, um monumento megalítico com dólmen de apreciáveis dimensões. Antes do
almoço, um excelente “cozido da Maria” em Venade, ainda fomos apreciar a bela
paisagem que se desfruta das Muralhas da Restauração.
Antes de partir para a
jornada da tarde, ainda houve tempo para apreciar o Cruzeiro de Venade,
construção barroca do séc. 18, e de tirar as inevitáveis fotografias de grupo.
Para o final da visita,
fomos até ao Cruzeiro da Independência e às Gravuras rupestres de Lanhelas,
onde apreciámos a Laje das Fogaças, monumento nacional.
Aqui
foi a despedida dos nossos anfitriões, a Nair e o João, aos quais se deveu este
excelente e rico fim-de-semana. A partida para Lisboa fez-se, já com o desejo
de voltar a esta terra de Caminha, a “bela marinheira”, na expressão popular.
1 Comments:
Adorei o fim de semana. Não vou esquecer um obrigado e um grande beijinho.Fatima
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