2021 - Odisseia nas Férias (Crónica Segunda)
Como prometido, prosseguimos com a publicação das crónicas referentes à iniciativa "2021 - Odisseia nas Férias", pelo que hoje poderão apreciar a colaboração da Maria Viegas, uma poesia intitulada “Tempos sem tempo…”.
Voltamos a recordar que estas crónicas irão sendo publicadas no
nosso blogue, com um intervalo de 3 dias, pela ordem da sua entrega.
Tempos sem tempo…
Silêncio!
Silêncio ensurdecedor.
Ruas desertas, praças, avenidas!
Os pombos e os pássaros
Tomaram conta da cidade
E os carros, finalmente, tiveram descanso…
Em casa, os dias correm de forma igual e devagar.
Olho a rua, através da janela,
E vejo correr as estações do ano
Na folhagem das árvores.
As notícias enchem as casas
e cheiram a medo e a morte.
Sinto que me roubam dias
Que já não me sobram…
E no meu pequeno tempo de liberdade
Mergulho no bairro deserto
Sentindo o barulho
Dos meus passos na calçada…
Maria Viegas
5 Comments:
É sempre um prazer especial ler a tua poesia Maria! ( até rima...)
Esta bela poesia da Maria Viegas, que nos transporta para os tempos sem tempo, que nos roubaram os dias e em que o silêncio das ruas desertas só era quebrado pelo barulho dos nossos passos, é bem demonstrativa da criatividade das/os atriunistas, quando se atrevem a quebrar a rotina dos seus dias que correm de forma igual e devagar.
Um abraço de parabéns à Maria.
Zé Carlos
Gostei muito. O sentimento duma realidade que nos marcou a todos dito de forma inspiradora. Lena
Uma linda poesia... cheia de realidade. Obrigada Maria, gostei muito. Fernanda
Maria! Encanta-me o teu “Tempo Sem Tempo"
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