Um passeio de domingo pela acolhedora vila de Cascais
No passado dia 15 de Janeiro, o Atrium deslocou-se até Cascais, numa visita que tinha como principal objectivo conhecer os dois novos pólos culturais desta vila, a Cidadela e o Centro Cultural.
A parte da manhã foi preenchida com a visita guiada à Cidadela de Cascais, conjunto fortificado inicialmente constituído pela Torre de Santo António, mandada construir por D. João II em 1488, congénere das torres de Belém e da Caparica e que apresenta, tal como estas, um novo modelo de arquitectura de transição entre o castelo medieval e a fortaleza abaluartada. Dada a sua posição estratégica, ela estava inserida no esquema de defesa da barra do Tejo e da capital do reino.
Em 1589, Filipe I mandou edificar uma nova fortificação para reforçar a baía de Cascais, constantemente ameaçada pela armada inglesa, e mais tarde, na época das Guerras de Restauração, foi acrescentada a estrutura do Forte de Nossa Senhora da Luz.
Quando Cascais perde a sua importância estratégica na defesa da costa de Lisboa, D. Luís, em 1870, adapta-a a residência de férias, libertando-a da sua função militar. Até ao regicídio de D. Carlos, a família real passa anualmente os meses de Setembro e Outubro em Cascais, transformando por completo o quotidiano da vila. A presença do rei atrai não apenas a corte mas também figuras do meio intelectual e literário como o grupo Vencidos da Vida, do qual fazem parte, entre outros, Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão.
Para assinalar o aniversário do príncipe D. Carlos, em 28 de Setembro de 1878, a Cidadela assiste mesmo à primeira experiência de iluminação eléctrica realizada em Portugal.
Com a proclamação da República, em 1910, o Palácio passa a depender da Presidência, tendo sido utilizado por diversos Chefes de Estado.
Ainda da parte da manhã, na Cidadela, tivemos a oportunidade de apreciar a exposição “Jogo da Glória O século XX malvisto pelo desenho de humor”, que apresenta obras de alguns dos mais relevantes artistas e cartoonistas portugueses do século XX, entre os quais Stuart de Carvalhais, Rafael Bordalo Pinheiro, Silva Monteiro, António, Cid, Amadeu de Sousa Cardoso, Almada Negreiros, Luís Afonso, Sam e Cristina Sampaio. Divididas em quatro núcleos - modernistas, guerra, presidentes e rostos - as ilustrações revelam os acontecimentos mais relevantes do século XX, como a implantação da República, a Guerra Colonial ou o 25 de Abril.
Após um retemperador almoço, em que o grupo se repartiu por alguns dos muitos restaurantes existentes na vila, a visita prosseguiu no Centro Cultural de Cascais.
Este Centro, inaugurado em Maio de 2000, encontra-se instalado no antigo Convento de Nossa Senhora da Piedade cuja construção, da iniciativa do IV Conde de Monsanto, D. António de Castro, foi concluída em 1641. Ocupado pelas Carmelitas Descalças até 1834, o Convento ficou votado ao abandono e em ruína em resultado da extinção das ordens religiosas. Após passar por diversos proprietários, foi adquirido pelo Visconde da Gandarinha em finais do século XIX, que nele instalou o seu palácio de veraneio.
Aqui tivemos a oportunidade de visitar as exposições “Instintos Oníricos” do artista plástico argentino Cohen Fusé, e “Blick Mira Olha!”, que integra fotografias de numerosos sítios arqueológicos portugueses, organizada pelo Instituto Arqueológico Alemão.
Apreciámos ainda obras de alguns artistas nacionais, tais como Manuel Casimiro, Jorge Martins, Nikias Skapinakis e Sofia Areal.
A parte da manhã foi preenchida com a visita guiada à Cidadela de Cascais, conjunto fortificado inicialmente constituído pela Torre de Santo António, mandada construir por D. João II em 1488, congénere das torres de Belém e da Caparica e que apresenta, tal como estas, um novo modelo de arquitectura de transição entre o castelo medieval e a fortaleza abaluartada. Dada a sua posição estratégica, ela estava inserida no esquema de defesa da barra do Tejo e da capital do reino.
Em 1589, Filipe I mandou edificar uma nova fortificação para reforçar a baía de Cascais, constantemente ameaçada pela armada inglesa, e mais tarde, na época das Guerras de Restauração, foi acrescentada a estrutura do Forte de Nossa Senhora da Luz.
Quando Cascais perde a sua importância estratégica na defesa da costa de Lisboa, D. Luís, em 1870, adapta-a a residência de férias, libertando-a da sua função militar. Até ao regicídio de D. Carlos, a família real passa anualmente os meses de Setembro e Outubro em Cascais, transformando por completo o quotidiano da vila. A presença do rei atrai não apenas a corte mas também figuras do meio intelectual e literário como o grupo Vencidos da Vida, do qual fazem parte, entre outros, Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão.
Para assinalar o aniversário do príncipe D. Carlos, em 28 de Setembro de 1878, a Cidadela assiste mesmo à primeira experiência de iluminação eléctrica realizada em Portugal.
Com a proclamação da República, em 1910, o Palácio passa a depender da Presidência, tendo sido utilizado por diversos Chefes de Estado.
Ainda da parte da manhã, na Cidadela, tivemos a oportunidade de apreciar a exposição “Jogo da Glória O século XX malvisto pelo desenho de humor”, que apresenta obras de alguns dos mais relevantes artistas e cartoonistas portugueses do século XX, entre os quais Stuart de Carvalhais, Rafael Bordalo Pinheiro, Silva Monteiro, António, Cid, Amadeu de Sousa Cardoso, Almada Negreiros, Luís Afonso, Sam e Cristina Sampaio. Divididas em quatro núcleos - modernistas, guerra, presidentes e rostos - as ilustrações revelam os acontecimentos mais relevantes do século XX, como a implantação da República, a Guerra Colonial ou o 25 de Abril.
Após um retemperador almoço, em que o grupo se repartiu por alguns dos muitos restaurantes existentes na vila, a visita prosseguiu no Centro Cultural de Cascais.
Este Centro, inaugurado em Maio de 2000, encontra-se instalado no antigo Convento de Nossa Senhora da Piedade cuja construção, da iniciativa do IV Conde de Monsanto, D. António de Castro, foi concluída em 1641. Ocupado pelas Carmelitas Descalças até 1834, o Convento ficou votado ao abandono e em ruína em resultado da extinção das ordens religiosas. Após passar por diversos proprietários, foi adquirido pelo Visconde da Gandarinha em finais do século XIX, que nele instalou o seu palácio de veraneio.
Aqui tivemos a oportunidade de visitar as exposições “Instintos Oníricos” do artista plástico argentino Cohen Fusé, e “Blick Mira Olha!”, que integra fotografias de numerosos sítios arqueológicos portugueses, organizada pelo Instituto Arqueológico Alemão.
Apreciámos ainda obras de alguns artistas nacionais, tais como Manuel Casimiro, Jorge Martins, Nikias Skapinakis e Sofia Areal.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home