Na rota do generoso vinho de Carcavelos
Foi numa tarde soalheira e luminosa que o Atrium rumou até ao Casal da Manteiga, estrutura do séc. XVIII, então integrada na antiga Quinta de Cima do Marquês, onde é hoje produzido o vinho generoso de Carcavelos.
Este vinho é apreciado e elogiado há vários séculos, tendo chegado à corte do Imperador da China em 1752, integrado numa embaixada enviada pelo rei D. José. Generoso como o Porto, o Madeira e o Moscatel (todos produzidos em regiões demarcadas), deve as suas características à conjugação de quatro factores determinantes, geografia, clima, solo e ventos.
A sua época áurea verificou-se no século XVIII, graças ao impulso do Marquês de Pombal. A produção da sua Quinta de Oeiras chegou a ser comprada pela Companhia do Alto Douro. A sua internacionalização, com a designação de “Lisbon Wine”, nos anos vinte do século XIX, estendeu-se a cidades como S. Petersburgo e Londres. No célebre romance de Dostoievsky "Crime e Castigo", uma das personagens bebe “Lisbon Wine”.
Na carta de lei de 18 de Setembro de 1908, a região demarcada é «formada pelas freguesias de S. Domingos de Rana e Carcavelos, do Concelho de Cascais e pela parte da freguesia de Oeiras que é tradicionalmente reconhecida por produzir vinho generoso».
Lutando contra a última praga que ameaçou a sua existência nos nossos dias, o avanço do betão, o vinho de Carcavelos resistiu e ganhou um merecido estatuto no património cultural do município de Oeiras, em grande parte graças a um Protocolo de Cooperação celebrado em 1997 entre a Câmara Municipal de Oeiras e a Estação Agronómica Nacional. Hoje, para além da Estação Agronómica de Oeiras, cultivam a vinha em Carcavelos, as Quintas dos Pesos, da Ribeira e da Samarra, todas situadas no Vale de Caparide.
A recepção que nos foi proporcionada nesta visita, esteve de acordo com a generosidade deste precioso vinho, ao qual tão bem se aplica a definição do nosso eterno Luís de Camões “Ardente licor que dá alegria”.
Para rematar este dia enriquecedor, reunimo-nos num animado lanche em casa da Amparo, onde retemperámos as forças à roda de uma farta mesa com boa comida e bom vinho, esta bebida tão sedutora que levou o casto Fernando Pessoa a proclamar, “Boa é a vida, mas melhor é o vinho”.
Este vinho é apreciado e elogiado há vários séculos, tendo chegado à corte do Imperador da China em 1752, integrado numa embaixada enviada pelo rei D. José. Generoso como o Porto, o Madeira e o Moscatel (todos produzidos em regiões demarcadas), deve as suas características à conjugação de quatro factores determinantes, geografia, clima, solo e ventos.
A sua época áurea verificou-se no século XVIII, graças ao impulso do Marquês de Pombal. A produção da sua Quinta de Oeiras chegou a ser comprada pela Companhia do Alto Douro. A sua internacionalização, com a designação de “Lisbon Wine”, nos anos vinte do século XIX, estendeu-se a cidades como S. Petersburgo e Londres. No célebre romance de Dostoievsky "Crime e Castigo", uma das personagens bebe “Lisbon Wine”.
Na carta de lei de 18 de Setembro de 1908, a região demarcada é «formada pelas freguesias de S. Domingos de Rana e Carcavelos, do Concelho de Cascais e pela parte da freguesia de Oeiras que é tradicionalmente reconhecida por produzir vinho generoso».
Lutando contra a última praga que ameaçou a sua existência nos nossos dias, o avanço do betão, o vinho de Carcavelos resistiu e ganhou um merecido estatuto no património cultural do município de Oeiras, em grande parte graças a um Protocolo de Cooperação celebrado em 1997 entre a Câmara Municipal de Oeiras e a Estação Agronómica Nacional. Hoje, para além da Estação Agronómica de Oeiras, cultivam a vinha em Carcavelos, as Quintas dos Pesos, da Ribeira e da Samarra, todas situadas no Vale de Caparide.
A recepção que nos foi proporcionada nesta visita, esteve de acordo com a generosidade deste precioso vinho, ao qual tão bem se aplica a definição do nosso eterno Luís de Camões “Ardente licor que dá alegria”.
Para rematar este dia enriquecedor, reunimo-nos num animado lanche em casa da Amparo, onde retemperámos as forças à roda de uma farta mesa com boa comida e bom vinho, esta bebida tão sedutora que levou o casto Fernando Pessoa a proclamar, “Boa é a vida, mas melhor é o vinho”.
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