sexta-feira, janeiro 18, 2019

Cidades (in) justas - Cidades (in) sustentáveis?


No decorrer dos últimos 50 anos, a crescente pressão demográfica e o êxodo das populações rurais para as cidades, conduziram ao aparecimento de mega-aglomerados urbanos, que chegam por vezes a atingir mais de 10 milhões de habitantes.
Não admira por isso que nas cidades esteja já concentrada a maioria da população do planeta. Segundo dados da ONU, hoje 54% por cento da população mundial vive em áreas urbanas, uma proporção que se espera venha a aumentar para 66% em 2050.
O crescimento da população urbana a nível mundial, em valores absolutos, tem sido extraordinariamente rápido, passando de 746 milhões em 1950 para 3,9 mil milhões em 2014, prevendo-se que ultrapasse os 6 mil milhões já em 2045.
Esta dinâmica na distribuição das pessoas pelo território, vem naturalmente ampliar a ameaça que as cidades já constituem para a sustentabilidade social, económica e ambiental a nível mundial.
Por outro lado, este processo conduziu inevitavelmente a que as cidades sejam o espelho do processo de evolução cultural, política, social e económica dos territórios, ampliando-se nelas as desigualdades sociais ao mesmo tempo que nascem as mais diversas formas de inovação social e económica.
De um recente relatório das Nações Unidas, podemos ler que: “…a urbanização sustentável é a chave para um desenvolvimento com sucesso e a planificação de uma agenda urbanística com sucesso, requer que se dê atenção às habitações de todas as dimensões. Se forem bem geridas, as cidades podem oferecer oportunidades de desenvolvimento económico e de expansão de acesso aos serviços básicos, incluindo serviços de saúde  e educação, para um grande número de pessoas.”
Gerir as áreas urbanas tornou-se pois um dos desafios mais importantes deste século XXI, e a construção de cidades sustentáveis é o seu principal objectivo.
Foi sobre todas estas questões, com um foco especial no crescimento da nossa Lisboa, que no passado dia 5 de Dezembro, com a preciosa colaboração do João Mourato, investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, o Atrium realizou uma enriquecedora sessão, nas instalações da Junta de Freguesia de Carnide.







2 Comments:

Blogger Jorge said...

Não pude ir a esta sessão. O bom texto do resumo do que lá se passou aliviou o meu arrependimento.

22/1/19 14:08  
Blogger CelesteMC said...

Boa serão e orador muito interessante

2/2/19 23:37  

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