No Teatro Thalia escutando Mozart e Haydn
No passado
sábado, 12 de Janeiro, para início deste primeiro trimestre de 2019, o Atrium
foi até ao já nosso conhecido Teatro Thalia, para assistir a mais um concerto
da Orquestra Metropolitana, que incluía obras de Mozart (Sinfonia Nº 28 e
Concerto para Fagote e Orquestra) e de Haydn (Sinfonia Nº 60, O Distraído).
A seguir
ficam algumas notas sobre o concerto, que contou com Lurdes Carneiro no Fagote
e com a direcção do Maestro Evgeny Bushkov.
São muitas
as sinfonias de Joseph Haydn (1732 – 1809) que têm uma disposição teatral
explícita. No caso da Sinfonia Nº 60, O Distraído, essa tendência é ainda mais
acentuada, pois, na origem, a partitura ilustra situações de uma peça teatral.
Trata-se de uma farsa que o francês Jean François Regnard escreveu em finais do
século XVII, cujo enredo se desenvolve em torno de um personagem de tal forma
distraído que quase se esquece de comparecer no próprio casamento.
No início do
último andamento da Sinfonia O Distraído, a orquestra interrompe a sequência
musical para começar a afinar os instrumentos, como se os músicos se tivessem
esquecido de fazê-lo antes. Este é um dos vários episódios que ilustram a
singularidade desta Sinfonia composta no ano de 1774.
Natural de
Salzburgo, W. A. Mozart (1756 – 1791) passou grande parte da infância e
adolescência a viajar pela Europa. Já na última década de vida, fixou-se em
Viena. Resta, pelo meio, um período de sete anos em que trabalhou efetivamente
na sua cidade, coincidindo com a governação do Arcebispo Colloredo. Essa
coexistência nunca foi fácil, mas os primeiros anos revelaram-se auspiciosos. A
Sinfonia N.º 28 e o Concerto para Fagote datam dessa altura. São duas obras
compostas em 1774, uma fase que amadureceu um estilo de escrita que se
projetaria mais tarde nas suas obras-primas.
2 Comments:
Não fui, mas está bem descrito....bjs
Excelente concerto e bom preço :)
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