O Atrium em visita ao Castelo de Palmela, com um final de dia em Alcochete
Foi no passado dia 4 de Junho, que o Atrium se deslocou até Palmela, para
uma visita ao Castelo de Palmela. A visita realizou-se com a colaboração
preciosa da Drª Isabel Cristina Fernandes, que nos introduziu na história deste
castelo, desde o período islâmico até à actualidade.
De referir que em 2004 Isabel Cristina publicou o livro “O castelo de Palmela, do islâmico ao cristão”, considerado como um estudo, histórico e arqueológico, essencial para o conhecimento da evolução deste complexo militar.
Embora não tenham sido os primeiros ocupantes deste espaço, foram os árabes que aqui primeiro edificaram uma estrutura militar. Após a reconquista cristã, no reinado de D. Sancho I, o castelo foi entregue à Ordem de Santiago, que o elegeu como uma das suas sedes.
Ao longo dos séculos, esta fortificação teve um importante papel na nossa História, como testemunha o episódio vivido durante a crise de 1383-85, quando D. Nuno Álvares Pereira, após a vitória na batalha dos Atoleiros (1384), mandou acender grandes fogueiras no alto das suas torres para alertar o Mestre de Avis, que se encontrava em Lisboa cercado pelos castelhanos, da sua aproximação. De acordo com o cronista Fernão Lopes (Crónica de D. João I), tal facto causou grande regozijo entre os sitiados.
A Ordem Militar de Santiago da Espada foi fundada como ordem militar em Cáceres, no ano de 1170, pelo Rei D. Fernando II de Leão, marido da Infanta D. Urraca de Portugal, filha do Rei D. Afonso Henriques.
A introdução da Ordem em Portugal data de cerca de 1172, tendo desempenhado um papel activo na reconquista cristã da Península.
Os Cavaleiros de Santiago em Portugal continuaram a prestar obediência ao mestre castelhano da Ordem até que, em 1288, no reinado de D. Dinis, o Papa Nicolau IV concedeu uma bula, consagrando a isenção de obediência que levou à eleição do primeiro Mestre português, que foi D. João Fernandes.
No entanto os protestos sucessivos dos reis castelhanos, levaram à sujeição da Ordem portuguesa à de Castela, com decisões contraditórias de vários Pontífices, até que, em 1452, o papa Nicolau V, reconheceu definitivamente a autonomia da Ordem em Portugal, e reconhecia como mestre o Infante D. Fernando, duque de Viseu e de Beja, igualmente Mestre de Avis.
Após o almoço, rumámos até Alcochete, onde começámos por visitar, sempre acompanhados pela Drª Isabel Cristina, o Núcleo de Arte Sacra do Museu Municipal, instalado na Igreja da Misericórdia. Para além da própria igreja, um interessante edifício maneirista, com um Retábulo da autoria de Diogo Teixeira e António da Costa, composto por seis painéis, pudemos observar peças de ourivesaria, escultura e pintura.
A jornada terminou com a visita à Igreja Matriz, considerada Monumento Nacional por decreto de Junho de 1910. A sua fachada principal, de empena triangular, é marcada pelo volume da torre sineira e pelo portal, encimado por uma enorme rosácea.
É uma construção quatrocentista, associada ao Infante D. Fernando, Mestre das Ordens de Santiago, Avis e Cristo, como se pode comprovar pela presença das cruzes das ordens de Santiago e Cristo inseridas na sua fachada.
De referir que em 2004 Isabel Cristina publicou o livro “O castelo de Palmela, do islâmico ao cristão”, considerado como um estudo, histórico e arqueológico, essencial para o conhecimento da evolução deste complexo militar.
Embora não tenham sido os primeiros ocupantes deste espaço, foram os árabes que aqui primeiro edificaram uma estrutura militar. Após a reconquista cristã, no reinado de D. Sancho I, o castelo foi entregue à Ordem de Santiago, que o elegeu como uma das suas sedes.
Ao longo dos séculos, esta fortificação teve um importante papel na nossa História, como testemunha o episódio vivido durante a crise de 1383-85, quando D. Nuno Álvares Pereira, após a vitória na batalha dos Atoleiros (1384), mandou acender grandes fogueiras no alto das suas torres para alertar o Mestre de Avis, que se encontrava em Lisboa cercado pelos castelhanos, da sua aproximação. De acordo com o cronista Fernão Lopes (Crónica de D. João I), tal facto causou grande regozijo entre os sitiados.
A Ordem Militar de Santiago da Espada foi fundada como ordem militar em Cáceres, no ano de 1170, pelo Rei D. Fernando II de Leão, marido da Infanta D. Urraca de Portugal, filha do Rei D. Afonso Henriques.
A introdução da Ordem em Portugal data de cerca de 1172, tendo desempenhado um papel activo na reconquista cristã da Península.
Os Cavaleiros de Santiago em Portugal continuaram a prestar obediência ao mestre castelhano da Ordem até que, em 1288, no reinado de D. Dinis, o Papa Nicolau IV concedeu uma bula, consagrando a isenção de obediência que levou à eleição do primeiro Mestre português, que foi D. João Fernandes.
No entanto os protestos sucessivos dos reis castelhanos, levaram à sujeição da Ordem portuguesa à de Castela, com decisões contraditórias de vários Pontífices, até que, em 1452, o papa Nicolau V, reconheceu definitivamente a autonomia da Ordem em Portugal, e reconhecia como mestre o Infante D. Fernando, duque de Viseu e de Beja, igualmente Mestre de Avis.
Após o almoço, rumámos até Alcochete, onde começámos por visitar, sempre acompanhados pela Drª Isabel Cristina, o Núcleo de Arte Sacra do Museu Municipal, instalado na Igreja da Misericórdia. Para além da própria igreja, um interessante edifício maneirista, com um Retábulo da autoria de Diogo Teixeira e António da Costa, composto por seis painéis, pudemos observar peças de ourivesaria, escultura e pintura.
A jornada terminou com a visita à Igreja Matriz, considerada Monumento Nacional por decreto de Junho de 1910. A sua fachada principal, de empena triangular, é marcada pelo volume da torre sineira e pelo portal, encimado por uma enorme rosácea.
É uma construção quatrocentista, associada ao Infante D. Fernando, Mestre das Ordens de Santiago, Avis e Cristo, como se pode comprovar pela presença das cruzes das ordens de Santiago e Cristo inseridas na sua fachada.
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