Em busca das aves e da natureza no sítio das Salinas do Samouco
E a natureza foi pródiga, brindando os caminhantes do Atrium,
que naquele dia 12 de Dezembro foram de abalada até às Salinas do Samouco, com
um céu azul que encheu de luz e cor o belo estuário do Tejo.
Dos documentos da Fundação para a Protecção e Gestão
Ambiental das Salinas do Samouco - uma instituição de direito privado e
utilidade pública, criada em Novembro de 2000, cuja missão é conservar e
valorizar o salgado na perspectiva da conservação da natureza – respigámos
alguma informação que a seguir transcrevemos.
As Salinas do Samouco fazem parte integrante da ZPE do
Estuário do Tejo e constituem, no seu conjunto, uma parte importante dos
habitats disponíveis para as populações de aves nesta região. O complexo é
composto por uma série de lagoas separadas por diques artificiais, esteiros e
tanques para a cristalização do sal.
Na zona do Tejo a extracção de sal marinho terá começado no
período árabe, marcando totalmente a fisionomia do espaço e introduzindo uma
nova cultura. Com a conquista do Sapal pelos muros e cômoros, as salinas
introduziram um novo equilíbrio socioeconómico, cultural e ambiental que se
revelou extremamente positivo em todos esses aspectos.
Actualmente, a importância ambiental das salinas resulta do
facto de este ser um dos pontos mais importantes para alimentação e nidificação
de aves no estuário do Tejo.
Este facto, aliado à inviabilidade económica da manutenção
da actividade salineira, deu origem à criação do projecto “Optimização de
habitats para aves nas Salinas do Samouco – ZPE Tejo”, financiado pelo programa
LIFE-Natureza, com o objectivo de optimizar os factores de permanência e
reprodução das espécies de aves aquáticas que utilizam estas salinas, restituindo
e incrementando valores naturais que lhe estão associados e inserindo novos
elementos proporcionadores da sua manutenção com custos menores.
A maior parte da área do complexo das Salinas do Samouco é
constituída por salinas que formam um sistema de canais e tanques, assente numa
estrutura tradicional de exploração salineira. Possui uma área de cerca de 360
ha de salinas, intercaladas com uma pequena mancha florestal e pequenas manchas
de sapal e de vegetação dunar.
Das populações de avifauna destacam-se, devido à sua
abundância e estatuto, as espécies Flamingo, Tarambola-cinzenta, Alfaiate,
Garça-branca, Borrelho-grande-de-coleira, Pilrito-pequeno,
Pilrito-de-peito-preto, Seixoeira, Perna-vermelha, Milherango e Fuselo.
Foi uma jornada descontraída e de contacto com natureza, que
culminou num lauto almoço em Alcochete, de peixe grelhado (das mais variadas e
desconhecidas espécies… mas bem fresquinho).
1 Comments:
As fotos estão 5 estrelas, a narrativa muito boa. Parabéns FN
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