segunda-feira, novembro 09, 2009

... e o cante alentejano tornou-se cantar de parabéns!

FIM-DE-SEMANA ALENTEJANO – DA CAMPANHA DOS CASTELOS DE FRONTEIRA À MUI NOBRE E SEMPRE LEAL CIDADE DE ÉVORA

No dealbar de sábado (dia 07.11.2009), partiu de Lisboa uma coluna de atriunistas em direcção à raia alentejana. O seu objectivo: o ataque aos castelos de fronteira, sob o esclarecido comando do Capitão-mor José Cardim.
De um fôlego conquistámos o Castelo de Olivença (...aos espanhóis ou aos portugueses? a dúvida mantém-se e não seremos nós que a vamos desfazer, não pretendemos criar problemas diplomáticos!), o Castelo e a Fortaleza de Juromenha (num estado de degradação chocante, a exigir urgentemente obras de restauro) e o Castelo de Alandroal.
Como a fome já apertava os estômagos dos valentes pelejadores, foi decidido fazer um alto em Vila Viçosa para uma frugal refeição, após o que, com os bandulhos já mais aconchegados, lá partimos para a derradeira presa: o Castelo de Vila Viçosa que se nos entregou sem resistência de vulto.
A campanha estava concluída com êxito, para tal contribui decisivamente o saber experiente do referido Capitão-mor, para além da bravura dos nossos combatentes.
Terminado o saque e distribuídos os despojos de guerra, encaminhámo-nos para a sempre leal cidade de Évora, onde iria terminar o nosso dia.
Lá, as canseiras e a fadiga, acumuladas durante o nosso intenso pelejar, foram amplamente recompensadas com uma noite muito especial.
Fomos recebidos com fidalguia pelos amigos do Grupo de Cantares de Évora, nos antigos celeiros da EPAC, que nos presentearam com um lauto jantar de excelente comida alentejana completado com o genuíno Cante Alentejano. A simpatia e a camaradagem do Grupo de Cantares de Évora conquistaram completamente os nossos corações empedernidos.
Os mais afoitos e menos ensonados, ainda arranjaram alento para darem um pulo até à Associação “O Imaginário”, onde assistiram a uma dupla de bárbaros de Leste a interpretar uma música inclassificável (?), oriunda da Bielorrússia.
A pernoita deu-se nas confortáveis instalações do Centro de Férias dos SSAP, situado no interior das muralhas de Évora, local ideal para o descanso dos guerreiros...
No domingo, já com as bestas encaixotadas e as espadas embainhadas, foi um grupo bem mais civilizado que recebeu um enriquecedor banho de cultura e de conhecimentos sobre a cidade de Évora, as suas origens, a sua história e as suas gentes.
O nosso anfitrião foi o Dr. Manuel Branco, historiador, ex-vereador da Cultura da Câmara Municipal e profundo conhecedor da cidade, para além um excelente comunicador que cedo nos cativou com a sua simplicidade aliada aos seus vastos conhecimentos.
Foram cerca de três horas de uma viagem pelo tempo e pelo espaço, percorrendo os sítios mais emblemáticos da Mui Nobre Cidade de Évora (Praça de Geraldo, Igreja de Santo Antão, Antigos Paços de Concelho, Palácio do Vimioso, Casa do Inquisidor, Palácio da Inquisição, Templo Romano, Catedral, Largo do Conde de Vila Flor, Fórum Eugénio de Almeida, Igreja da Graça).
No final da caminhada, para ganhar algum alento para a viagem de regresso à capital, um almoço que serviu também como um agradável convívio de despedida dos nossos anfitriões (aqui cabe um agradecimento especial ao nosso “correspondente” em Évora, o companheiro Ruben Menezes sem o qual toda esta organização poderia não ser possível... poder podia, mas não seria a mesma coisa...).

Regressámos todos mais ricos com um maior conhecimento destas paragens, para além de algum quilito a mais em resultado da excelente cozinha alentejana, cujo ponto alto nos foi proporcionado pelos amigos do Grupo de Cantares de Évora...
Olivença



Juromenha


Alandroal


Vila Viçosa

Jantar à luz do Cante Alentejano (Grupo de Cantares de Évora)






Gurzuf - Musica inclassificável, única, arrebatadora e surpreendente da Biolorússia
Domingo