segunda-feira, junho 08, 2020

VERSEJANDO EM CONFINAMENTO – 38 de anos de Atrium



Albano
Estamos cada vez mais unidos
Num grande abraço fraterno
Queremos derrubar o vírus
E mandá-lo pró Inferno!

Maria
É dia de aniversário.
Mas não podemos festejar
Porque o covid 19
Nos obriga a confinar

Alberto
Festejamos á nossa moda
Fica quieto, covid!!!
Fechamos-te num armário
Pendurado num cabide

Manuela
Por favor, mudem de tema
De doenças estou eu cheia,
Psoríase, alergias, eczema...
Acabe-se o mal, venha a panaceia.

Anabela
No Atrium dos nossos afetos
Surgiu um problema cadente
Nada de viagens almoços e farras
Por causa do covid resiliente

Os velhotes ele quer apanhar
Mas connosco não tem sorte
Já cá cantam trinte e oito
Unidos e de ânimo forte

Celeste
Os POETAS aos pinotes
Soltam a imaginação
Partilham os seus dotes
No dia do 38º aniversário do ATRIUM,
No dia do 50º passatempo anti corona e
no dia de espiga.
O bolo comemorativo não faltou e arrasou
Que a imaginação prossiga.
PARA TODOS NÓS MUITOS ANOS DE VIDA

António Marques
Muitos anos e muita vida!
E um grande desejo
de voltar aos nossos encontros
E acabar com o “percevejo”

Fátima
Foi dia d´ Ascensão
Fui ao campo passear
Entre alecrim e papoilas
Deliciei o meu olhar

Jorge
Não sei ser poeta
E tenho tiques na rima
Será por ser pateta
Ou danos do confina

Fernando Veríssimo
Confina, confina
Só contra a infecção.
Os medos e essa malina
Não passarão, não passarão

Joana
Artistas, atores, cantores e seus colegas
Têm pouco sustento e sem pão.
A cultura é um bem a que te aconchegas.
Portugal tem que tomar isso em consideração

Glória
Meses e meses já se passaram e outros se passarão.
Tudo está a mudar, no Atrium a amizade não.
Com momentos inesquecíveis, 38 já lá vão.
Desejo FELIZ ANIVERSÁRIO, e uma nova coordenação.

José Duarte
Ai Covid Covid, ai confinamento
Estou farto deste novo "Corona vírus" de que tanto se fala
Quero ser " Covidado" pelos amigos
Para uma festa de desconfinados

Hirondina Duarte
Estou a ficar confinada de tanto confinamento
Quero estar liberta de tanto medo
Espero com paciência e esperança
Que a vida siga com amor e carinho

Marina
WhatsApp, Blogue, Concurso.
É a amizade que me importa
E no fim ainda tenho o recurso
De trabalhar na minha horta

Isabel Pargana
Souberam os atriunistas
Lidar com a pandemia
Trocando mensagens e vídeos
Com toda a sabedoria

Convidavam para petiscos
Ofereciam vinho e bolos
Mostravam belas paisagens.
Obsequiavam com lindas flores

Sempre prontos
Para a paródia
Boa disposição não faltava
Dando ânimo ao pessoal
Que na calamidade pensava

Luísa Falcão
Pensar na calamidade?
Chega de tanto tormento
Uma bela atividade
Para nosso contentamento

Nisto é pródigo o ATRIUM
Que não nos deixa parar
Mais eficaz do que o Valium
Em paz, quero descansar!

Zé Manuel Boavida
O Atrium é fixe
Resiste a tudo e a todos
Com uma capacidade e alegria que o leva a dizer
O Covid 19 que se lixe

Guida Boavida
Estes dias dão trabalho
Não há ninguém p’ra ajudar
Fazer bifes, pão e alho
Não sair, só confinar

Eis que o  Atrium faz anos
Trinta e oito a contar
Outros tantos venham eles
Que os possamos celebrar

Amparo
Aqui estamos nós
Todos juntos a cantar
Os parabéns ao Atrium
Em modo virtual!

Lena
A cantar, a trautear,
por montes, serras e vales,
vilas, cidades, aldeias,
ao sol, à chuva, ao vento,
fora ou dentro ….
exposições e eventos,
colóquios, música, teatro,
falua, carro, avião,
comboio, barco e balão....
conversas e fantasias,
magustos e idiossincrasias,
bica, música, painel ...
todos, neste grupo a granel,
mandamos o covid p'ró ... pincel.

Teresa Sousa
P´ró pincel eu não diria
Nem todos sabem pintar
E não vai ser o Covid
Que nos irá derrubar!

Guida
E não vai ser o Covid
Que o Atrium vai parar
38 anos de vida
São para continuar...

Fernando Menezes
Numa ilha confinado
Rodeado por tanto mar,
Estou a ficar “apanhado”
E só me apetece gritar!

Quero abraçar toda a gente,
Quero navegar no canal.
Quero ir ao continente
Quero sair do Faial.

Tina
Em casa confinada
E sem poder sair,
Estou já desesperada
E só quero partir!

Rúben Menezes
É tanto o calor de Évora a Castelo de Vide
Q`Inté na posso ir ver a Maria mais o sê Albano
E nem mesmo levando a mulher e o abano
Dizem que para lá não posso passari
Tudo por causa dessa coisa do Covid
Q`anda por aí a inquietari

Jorge
Com tanta poesia me baralho
Estimulada pelo bicharoco
E eu de tanto teletrabalho
Estou a ficar zarolho

Pedro
Rimar, para mim, é ralação
Fico rubro com o que a rima me rouba
Pois raramente o que nos rodeia rima:
Rios, ravinas, raios, ruelas, ruínas e raivas

Susana
Há um sentido de isolamento
neste tempo   de recolhimento
bom momento para libertar
a nossa mente criativa
viva a criação!

Zé Carlos
Nesta multidão de poetas
Fica o prosador entalado,
Mas p’ró aniversário do Atrium
Aqui vai um verso inspirado

No encerrar do poema
Uma certeza ficou,
Nestes meses de quarentena
A AMIZADE triunfou!