segunda-feira, janeiro 09, 2023

Fim-de-semana em Óbidos, a “Vila das Rainhas”

Chegados de vários lados, pelos seus próprios meios, os atriunistas encontraram-se no hotel Rainha Santa Isabel, sito no 63 da Rua Direita, na tarde deste sábado, dia 12 de novembro, onde efectuaram o check-in e aliviaram-se das suas malas de viagem.

Antes de mais a explicação do título de “Vila das Rainhas”, atribuído a Óbidos. Em 1282 D. Dinis doa à Rainha D. Isabel, como presente de casamento, a vila medieval e, a partir daí, ela passou a integrar o dote de todas as rainhas portuguesas até 1834.

O primeiro encontro da visita, foi com o Prof. Carlos Orlando, Presidente da Associação da Defesa do Património, um obidense apaixonado pela história da sua terra, no adro da Igreja de Santa Maria, onde iniciámos uma interessante conversa sobre a história de Óbidos, que se foi desenvolvendo ao longo do périplo que fizemos pelos lugares mais relevantes de Óbidos, que começou na Igreja de Santa Maria e que terminou na antiga Igreja de São Tiago, hoje em dia transformada numa interessante livraria.

O jantar foi servido no restaurante Alcaide, após o que recolhemos ao hotel para uma noite retemperadora.

O domingo iniciou-se com a visita ao Museu Municipal de Óbidos, guiada pelo Dr. Bruno Silva. Aqui pudemos apreciar diversas obras de arte das quais destacamos os obras de Eduardo Malta, Abílio de Mattos e Silva, Maria José Salavisa e de Josefa d’Óbidos.

Refira-se que este museu, situado no antigo palácio seiscentista da Família Brito Pegado, foi adaptado em 1782 com avultadas obras de melhoramento, para receber a rainha D. Maria I e a família Real Portuguesa, atestando a importância e o "poder" que as Senhoras Rainhas tiveram ao longo da História de Óbidos.

Após a visita, o nosso guia levou-nos até à Casa do Arco da Cadeia, uma construção que remonta aos séculos XIV/XV, que na sua origem assumiu as funções de Paços de Concelho e de cadeia, tendo sido adquirida pelo pintor Abílio Mattos e Silva em 1958.

Foi sua mulher, Maria José Salavisa, que realizou a reabilitação arquitetónica e projetou a decoração interior da casa, mantendo a essência medieval, em conjugação com o requinte decorativo característico da sua obra. Este espaço pretende ser uma memória de ambos mantendo as principais características da relação que estabeleceram com este pequeno, mas histórico edifício e com esta vila.

A actividade seguinte, foi um tranquilo passeio de charrete circundando as muralhas, junto ao aqueduto, durante o qual pudemos apreciar a paisagem circundante da vila.

Findo o passeio rumámos até ao Sítio dos Bons Malandros, onde fomos recebidos pelo seu proprietário Filipe que nos guiou numa breve visita pelas instalações deste curioso espaço. O almoço, que em princípio estava programado para ser na esplanada desta “Sítio”, foi transferido para a Quinta do Souto, a cerca de um quilómetro daqui, devido à ameaça de chuva.

Chegados à Quinta do Souto fomos presenteados com um excelente almoço, enriquecido pela simpatia dos nossos anfitriões, a Zélia e o Filipe, que nos proporcionaram um momento de agradável convívio, que encerrou com chave de ouro este nosso fim-de-semana pela “Vila das Rainhas”.