segunda-feira, fevereiro 17, 2020

No Teatro Thalia, assinalando os 250 anos do nascimento de Beethoven


No passado domingo, 9 de Fevereiro, o Atrium voltou ao Teatro Thalia, desta vez para assistir ao concerto comemorativo dos 250 anos do nascimento de Ludwig van Beethoven (1770 – 1827).
Neste concerto, com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, sob a direcção do maestro Pedro Amaral, ouvimos o Concerto para Piano e Orquestra Nº 1, que teve como solista a excelente pianista Marta Menezes, e a Sinfonia Nº 7.
Aquele Concerto para Piano e Orquestra, composto em 1795, foi estreado nesse ano pelo próprio Beethoven em Viena, enquanto a Sétima Sinfonia foi estreada em 1813, num concerto de beneficência a favor dos soldados austríacos que combateram as tropas de Napoleão Bonaparte na batalha de Hanau (travada em Outubro de 1813, junto desta cidade alemã, entre o exército austro-bávaro e as tropas francesas). De acordo com o espírito do concerto, três dos quatro andamentos têm um carácter triunfal, com um forte vigor rítmico e festivo, e teve na altura um enorme sucesso.
Foi mais uma agradável tarde musical naquele acolhedor teatro, hoje a residência artística da Orquestra Metropolitana de Lisboa.




Pelo Palácio Nacional de Queluz, num sábado em que a chuva nos deu tréguas


O encontro dos atriunistas e amigos, foi no dia 25 de Janeiro, junto a este palácio do século XVIII, um dos últimos grandes edifícios em estilo rococó erguidos na Europa.
Mandado construir em 1747 pelo então Infante D. Pedro (que mais tarde viria a ser rei, entre 1777 e 1786), consorte de D. Maria I e irmão mais novo de D José I, este palácio foi inicialmente concebido como residência de verão, tornando-se espaço privilegiado de lazer e entretenimento da Família Real, que o habitou em permanência de 1794 até à fuga para o Brasil, em 1807, na sequência das invasões francesas.
O edifício e os seus jardins históricos constituem um exemplo da ligação harmoniosa entre paisagem e arquitetura palaciana em Portugal, e ilustram a evolução do gosto da corte nos séculos XVIII e XIX, período marcado pelo barroco, o rococó e o neoclassicismo.
Serviu também como um discreto lugar de encarceramento para a rainha D. Maria I, em virtude da sua demência, e após o incêndio que atingiu o Palácio da Ajuda, em 1794, o Palácio de Queluz tornou-se a residência oficial do Príncipe Regente português, o futuro D. João VI e de sua família, permanecendo assim até à referida fuga da Família Real para o Brasil.
O seu arquitecto foi o português Mateus Vicente de Oliveira, nascido em 1706, que foi também o autor do projeto da Basílica da Estrela, cujas obras dirigiu de 1778 a 1785, data do seu falecimento.
Sofreu um grave incêndio em 1934, o qual destruiu parte do seu interior, tendo sido extensivamente restaurado e hoje está classificado como Monumento Nacional desde 1910.
No final da visita, para uma parte do grupo, seguiu-se um agradável almoço no Restaurante Realmente, no Largo do Palácio.