quinta-feira, março 11, 2010

O Atrium comemora o Dia Internacional da Mulher



Foi no já longínquo dia 8 de Março de 1857 que mais de uma centena de mulheres, operárias têxteis de uma fábrica em Nova Iorque, perderam a vida vítimas da repressão que sobre elas se abateu quando se manifestavam fazendo greve e ocupando a fábrica.
E o que reivindicavam elas? A redução da jornada de trabalho de 16 horas para 10 horas; a igualdade salarial (recebiam cerca de um terço do salário pago aos homens); o direito à licença de maternidade; o tratamento digno no local de trabalho.
Foi em homenagem a estas operárias insubmissas, que abriram o caminho à luta pelo fim da subordinação da condição feminina, que o dia 8 de Março foi designado pelas Nações Unidas como Dia Internacional da Mulher.
Passos importantes já se deram nos 153 anos que passaram desde então, sobretudo ao nível do Direito, onde nas sociedades ocidentais o princípio da igualdade de géneros está hoje consagrado.
A propósito refira-se a evolução verificada nos últimos anos em Portugal, com a legalização da interrupção voluntária da gravidez e a consagração da violência doméstica como crime público.
Mas entre a lei e a realidade vivida há um abismo que é necessário eliminar.
Por isso pensamos que faz todo o sentido assinalar o Dia Internacional da Mulher como uma etapa mais na construção de uma sociedade com menos desigualdades, com maior coesão, com maior desenvolvimento, definitivamente livre de preconceitos e de discriminações.
Sobre tudo isto nos falou a Maria Viegas, numa apresentação rica e bem documentada que motivou os presentes para uma reflexão enriquecedora sobre esta realidade.
A sessão realizou-se no passado dia 8 de Março na sede da Associação de Moradores 18 de Maio, que se associou ao Atrium nesta comemoração.