quinta-feira, fevereiro 01, 2018

O Atrium no Museu da Marinha Redescobrindo os Vikings


No sábado, dia 27 de Janeiro, o Atrium foi até ao Museu da Marinha para uma visita guiada à exposição “Vikings – Guerreiros do Mar”.
Esta exposição, composta por mais de 600 peças originais provenientes do Museu Nacional da Dinamarca, apresenta os vários aspetos relacionados com a história e a cultura deste fascinante povo.
Como complemento da visita, reproduzimos algumas breves notas sobre a importância dos Vikings na história da Europa e dos países escandinavos, em particular da Noruega, notas essas extraídas do livro “Uma Viagem pelo Caminho do Norte Descobrindo Fiordes, Trolls e Vikings”, editado pelo Atrium, aquando da nossa viagem à Noruega.
“…O período, hoje conhecido como a Idade Viking, durou cerca de 300 anos, desde o séc. IX até ao séc. XI, e caracterizou-se pela expansão deste povo, a partir dos seus territórios pátrios (Noruega, Suécia e Dinamarca), para Oeste até ao continente Americano e para Sul até ao Mediterrâneo, Europa e Norte de África.
A dimensão do seu poder, alicerçado na supremacia marítima, com navios tecnologicamente avançados e com experimentados marinheiros, pode ser avaliado pelos assentamentos encontrados desde a Terra Nova até à Rússia e Ucrânia, e desde o Cabo Norte até à Normandia, no Império Franco. Eles navegaram as águas do Labrador até ao Mar Branco e assolaram as costas atlânticas da Europa, até ao estreito de Gibraltar, chegando mesmo a penetrar no Mediterrâneo. Os maiores rios europeus, como o Dnieper e o Volga, permitiram que navegassem para o interior do continente europeu, e conduziram-nos até ao Mar Negro e ao Mar Cáspio, onde contactaram com os mundos Bizantino e Islâmico. Conquistaram a maior parte da Irlanda, onde fundam Dublin, e estabelecem-se na Inglaterra. Na actual França pilham Nantes, Bordéus e Paris, na península italiana Pisa e Lucca são conquistadas, na península ibérica saqueiam Lisboa e Cádis e instalam-se em Sevilha durante algum tempo. Hoje já é sabido que Colombo não foi o primeiro homem europeu a chegar ao Novo Mundo, mas sim Leif Eirikson, um navegador viking, 500 anos antes.
Embora a ideia mais vulgarizada dos Vikings ainda seja a de terríveis guerreiros (sem os incómodos cornos nos capacetes, que isso não passa de uma invenção dos cineastas de Hollywood…), que deixavam um rasto de terror e destruição por onde passavam, essa não é exactamente a visão que hoje começa a afirmar-se. Eles eram também experimentados marinheiros, joalheiros, comerciantes, escultores e poetas de grande qualidade e originalidade: As fortalezas, as cidades, os monumentos funerários, as esculturas em pedra, as sagas, a sua arte e os artefactos que deixaram, documentam a riqueza da sua cultura. Por curiosidade, e para ilustrar a sua influência cultural nos territórios que estiveram sob o seu domínio, refira-se que os nomes dos deuses Vikings perduraram até hoje nos nomes dos dias da semana em inglês: Wednesday (Odin’s day), Thursday (Thor´s day), Friday (Freya´s day) e Tuesday (Tyr´s day) ”.