25 Abril 74 - as memórias da Glória
No 25 de Abril
de 1974, eu tinha 14 anos.
Vivia com os meus avós, no meio rural e de operários, no Rossio ao Sul do Tejo, Abrantes.
Havia nas massas trabalhadoras deste local, consciência politica, havia vizinhos presos.
A minha avó gostava de se deitar tarde, ficava a ouvir a Rádio Clube Português, os discos pedidos.
De manhã alertou-nos que a “Telefonia” estava a passar umas musicas diferentes.
Vivia com os meus avós, no meio rural e de operários, no Rossio ao Sul do Tejo, Abrantes.
Havia nas massas trabalhadoras deste local, consciência politica, havia vizinhos presos.
A minha avó gostava de se deitar tarde, ficava a ouvir a Rádio Clube Português, os discos pedidos.
De manhã alertou-nos que a “Telefonia” estava a passar umas musicas diferentes.
Horas depois
já todos falavam do que se passava, mas ninguém sabia ao certo para onde pendia
a situação.
O alarme era grande entre os mais velhos.
Em 1973 Marcelo Caetano tinha instituída uma reforma para todos os idosos.
O alarme era grande entre os mais velhos.
Em 1973 Marcelo Caetano tinha instituída uma reforma para todos os idosos.
Muitos
pensavam que o golpe era para lhe tirar essa reforma, que era tão importante,
era a diferença entre ter alguma segurança ou viver da ajuda dos filhos ou de
pedir.
Entre os mais novos o sentido era de muita esperança, fomos para casa dos amigos Navalhos “oito rapazes” todos adolescentes e que tinham o pai preso por motivos políticos.
Passado uma semana foi grande a alegria, foi libertado o pai Navalho, os idosos só já pensavam no aumento da reforma.
FOI BOA A FESTA!
Entre os mais novos o sentido era de muita esperança, fomos para casa dos amigos Navalhos “oito rapazes” todos adolescentes e que tinham o pai preso por motivos políticos.
Passado uma semana foi grande a alegria, foi libertado o pai Navalho, os idosos só já pensavam no aumento da reforma.
FOI BOA A FESTA!
Glória, em
Abril 2020