segunda-feira, junho 05, 2017

Deambulando pelo Bairro Padre Cruz à descoberta da Arte Urbana


Sábado, 29 de Abril de 2017. Neste dia o Atrium fez uma visita ao Bairro Padre Cruz, à descoberta dos cerca de 100 murais, que constituem uma das maiores Galerias de Arte Urbana da Europa.
O Bairro Padre Cruz já não é o mesmo. As paredes falam com as obras de mais de trinta artistas portugueses e estrangeiros, executadas no âmbito do MURO – Festival de Arte Urbana realizado no Verão passado, uma iniciativa levada a cabo pela GAU (Galeria de Arte Urbana) e pela Junta de Freguesia de Carnide, constituindo também um projecto desenvolvido pela Boutique da Cultura e pela Crescer a Cores, a partir de uma candidatura ao programa BIP-ZIP. 
Nesta visita, dinamizada pela Boutique da Cultura, e com o apoio empenhado, simpático e muito eficaz da Drª. Marta, tivemos a oportunidade de apreciar as excelentes obras que mudaram a paisagem urbana daquele bairro, e que de certo modo contribuíram também para a sua abertura ao exterior, e para uma alteração da relação dos moradores com o seu bairro.   
Sobre a Arte Urbana em Portugal transcrevemos uma opinião de Vhils, que também participou na organização do Festival. “….Neste momento tem havido um reconhecimento crescente da Arte Urbana em Portugal, como aliás no resto do mundo. O problema sempre foram as instituições, que são por natureza fechadas a novas propostas que emergem das subculturas e movimentos marginais, mas o facto de que muitas autarquias parecem ter começado a olhá-la como parte da solução e não como parte do problema, tem gerado uma dinâmica positiva”.
Foi uma jornada enriquecedora que permitiu o conhecimento directo de uma realidade que é um exemplo feliz da apropriação do espaço público, e da sua transformação em galeria de arte, com uma componente social notável, porque acessível a todos.

O Atrium numa tentativa para (não) matar o amor


Foi no dia 7 de Abril que o Atrium foi mais uma vez ao teatro, desta vez ao Teatro Aberto, ver a peça “Tentativas para matar o amor”, da autoria de Marta Figueiredo, vencedora do Grande Prémio de Teatro Português da Sociedade Portuguesa de Autores de 2015.
Um casal jovem, Ana e Jaime têm uma relação de mais de dez anos. Eles amam-se mas não vivem juntos. As suas vidas não se ajustam, os desencontros são muitos; as viagens, o trabalho, as contas por pagar, o cansaço...
Mas o amor teima em não morrer, apesar de racionalmente ele ser um entrave à eficiência das suas vidas, ele por vezes volta a despontar.
A pergunta impõe-se: A vida que levamos, neste mundo de múltiplas ocupações e de múltiplas solicitações, matou o espaço para o amor? Cabe a cada um reflectir e dar a resposta mais adequada, e talvez cheguem à conclusão que o espaço para o amor deva ser a última trincheira a abandonar nas nossas vidas, tão cheias de coisa nenhuma e tão vazias daquilo que é importante.